sábado, junho 06, 2015

REPUBLICA DEMOCRÁTICA NO BRASIL.



              Olá, pessoal, segue o material de estudo para às avaliações da II, Unidade. Bons estudos.

                            Resumo Sobre a Republica Democrática no Brasil.

     
  Com o final da Segunda Grande Guerra, muitas coisas começaram a mudar, e com estas mudanças, a ditadura do Novo Estado entra em crise, e com isso são marcadas eleições para o dia 2 de dezembro de 1945.
Com uma eleição à vista, novos partidos políticos foram criados. Dentre eles, quatro assumiram as frentes políticas, são eles:
  • União Democrática Nacional (UDN) – partido de oposição, antigetulista e anticomunista, defendia o liberalismo econômico. Lançou como candidato Eduardo Gomes.
  • Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – reunia líderes sindicais e trabalhadores urbanos e por isso era o partido que identificava com Getúlio.
  • Partido Social Democrático (PSD) – Formado pelas elites políticas conservadora, apoiava Getúlio, mas pretendia excluir as lideranças sindicais.
  • Partido Comunista Brasileiro (PCB) – Partido que apoiou Getúlio Vargas, pois ele também lutava contra o nazismo e o fascismo. O líder político do partido foi Luís Carlos Prestes, mesmo isolado.
Vargas, mesmo solicitado à Presidência pelo movimento queremista, não foi candidato devido pressões políticas. Decidiu ele então, apoiar Eurico Dutra(PSD) que concorria com Eduardo Gomes (UDN) e Yedo Fiúza (PCB). Nessa Eleição o coronelismo foi derrotado, acabando com os currais eleitorais. Getúlio Vargas e L. Carlos Prestes ganharam para senadores e Eurico Dutra venceu à presidência.
Com uma nova política, veio também muitas mudanças através da nova constituição do Brasil, promulgada em 18 de setembro de 1946, que avançou milhas de distância nos campos políticos e sociais, elevando o prestígio da democracia.
Dutra adotou uma política externa alinhando-se aos EUA, pois a situação da Guerra Fria propiciava isso, como consequência o PCB foi cassado e perdeu expressão política.
Dutra lançou o plano SALTE, que visava desenvolvimento na saúde, alimentação, transporte e energia. Entretanto, várias das metas não foram alcançadas.
Nas eleições de 1950, Vargas tornou-se novamente presidente do Brasil, mas agora por vias democráticas. Promoveu ele um governo sólido, estruturado economicamente. Implantou nesse período as que hoje são as principais empresas do país, Petrobras, Eletrobrás, Fundo Nacional de Eletrificação, Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). O país desenvolveu e industrializou, baseado no Nacionalismo e na democracia.
Entretanto, o governo de Getúlio entrou em crise, devido à uma crise econômica que se aprofundava e a conflitos sociais, em que os trabalhadores começaram a protestar (uma ironia, à um governo trabalhista). E estando quase a perder o governo por golpe, Getúlio Vargas suicidou em 24 de agosto de 1954, seu mandato só terminou com sua morte e ele, realmente, entra para a história da política brasileira.
Na eleição que sucedia Vargas, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, sendo Jango seu vice. Nesse período o general Lott ficou conhecido como sendo uma militar que atuou em favor da democracia e do respeito às eleições, quando ele destituiu Carlos Luz da presidência no momento que este fazia parte do movimento golpista.
JK governou de 1955 a 1960, com um governo que visava o desenvolvimento econômico a partir do plano de metas, um governo nacionalista que procurou atrair as grandes empresas para o país. O Brasil cresceu em todos os sentidos, inclusive na sua dívida externa que chegou a enormes valores no final do governo. O marco do governo de JK foi a descentralização do país no sudeste, como a construção de Brasília no centro-oeste que naquele momento não apresentava nenhum desenvolvimento.
Na eleição seguinte a dupla Jânio Quadros e João Goulart (Jango) ganhou para presidente e a vice-presidente, respectivamente. Jânio acusava o governo de JK de corrupção e também como causa dos problemas que o Brasil possuía naquele momento. O governo de Jânio fez o país entrar em recessão ao negociar a dívida com o FMI. Jango adotou posições políticas que nem atraiu às esquerdas e ainda gerou desconfiança na direita. Com tantas polêmicas, Jânio renunciou em 25 de agosto de 1961. Seu vice João Goulart, após muitos impasses políticos, assumiu uma presidência parlamentar, para isso ele contou com o apoio de Leonel Brizola, um dos mais astutos dos políticos que o Brasil já viu.
Jango assumiu um país desestruturado. Lançou como programa políticos as reformas de base. Conseguiu voltar o regime para presidencialista, mas fracassou em conseguir maioria no congresso e assim ele não conseguiu implementar as reformas de base, que poderiam ser cruciais para o desenvolvimento econômico brasileiro. Além da crise econômica e financeira, seu governo viveu um impasse em relação à reforma agrária, pois os políticos atuavam com divergentes opiniões, e com tantas contradições, Jango acabou ficando sem base parlamentar.
João Goulart lançou a partir do economista Celso Furtado( um dos melhores que o Brasil já teve) o plano Trienal, mas sem apoio da sociedade o plano não foi posto em prática. Diante da situação, a frente de direita adotou um radicalismo político que levou Goulart a ficar isolado politicamente. As esquerdas, por sua vez, se organizaram na Frente de Mobilização Popular(FMP). A Frente reunia o CGT, a UNE, setores das Ligas Camponesas, a FPN, organizações dos sargentos e fuzileiros navais e organizações políticas como a Ação Popular e o Partido Operário Revolucionário. O grupo político do governador de Pernambuco Miguel Arraes e do PTB que seguia a liderança de Leonel Brizola também integrava a organização. A FMP exigia que Goulart rompesse com o PSD e governasse apenas com o seu apoio, decretando imediatamente as reformas de base. E assim Jango fez, anunciando sua nova ordem política no grande comício do dia 13 de março.
No dia 19 de março, na cidade de São Paulo, milhares de pessoas realizaram uma passeata contra Jango e as reformas de base: a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
O radicalismo tomava conta do cenário político. Enquanto as esquerdas exigiam a decretação imediata das reformas, as direitas faziam oposição intransigente. Nesse clima de confronto, a preservação do regime democrático não foi valorizada pelas partes do conflito. Piorando a situação, Jango entrou conflito também com o Exército, ao tentar abafar uma manifestação deles com membros da Marinha.
Tudo isso levou o governo de Jango ao ápice, “dalí pra frente” ele já não conseguiria manter por muito mais tempo sua posição política.
Alguns estados brasileiros (em especial S. Paulo, Minas Gerais, Guanabara e Rio G. do Sul) em conjunto com as Forças Armadas e com o apoio diplomático, financeiro e militar dos EUA, decretaram por pressão o fim do governo de Jango.
Sindicalistas, sargentos, fuzileiros navais, estudantes e militantes de esquerda e o ex-governador Leonel Brizola tentaram em vão se mobilizar contra o golpe. A ida de João Goulart para de Brasília para Porto Alegre foi encarada como uma aceitação da derrota política.
Em 1º de Abril de 1964, a malfeitoria do dia da mentira assume o cenário político brasileiro, o presidente do Congresso Nacional declarava vaga a cadeira da presidência. O regime democrático não interessou a nenhum político que atuou no movimento de deposição de Jango e em consequência, o governo então seria assumido dias depois, em uma condição totalmente contrária ao regime democrático, pelos militares.
A sociedade Brasileira não se deu conta de que era o início de uma ditadura que duraria 21 anos.
                                                             Professor: Walfrido Gomes.

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