Recife e Olinda: Duas Irmãs
Olinda
e Recife
estão fazendo aniversário nesta segunda-feira (12) e ficaram ainda mais bonitas
para festa.
ORIGEM: Elas surgiram lado a
lado. Mais do que vizinhas, são cidades-irmãs. Olinda
é dois anos mais velhos, completa 477 anos. O Recife, cercado de rios e banhado
pelo mar, era apenas o porto da antiga vila. Mas a cidade cresceu e virou a
capital. As duas se complementam. Juntas, abrigam quase uma centena de
monumentos tombados como patrimônio.
“Tem
muita coisa bonita, muito verde”, diz uma visitante. “Achei muito lindo. O
centro turístico é bem bonito, as igrejas, lindas”, complementam outra.
O
legado de séculos exige cuidados. As duas cidades que cresceram juntas dividem
muito mais do que a data de aniversário: compartilham o passado, a história e a
imensa responsabilidade de cuidar de uma herança de valor incalculável que se
transformou em um patrimônio de toda a humanidade.
Folheado
a ouro, o altar do Mosteiro de São Bento, em Olinda, é uma das mais imponentes
obras sacras do país. Na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a mais antiga da
Ordem Carmelita nas Américas, a restauração está quase pronta. Depois de 16
anos de obras, será um presente para Olinda.
O
Recife ganhou de volta o brilho da Capela Dourada e do Convento de Santo
Antônio com azulejos centenários. Na Igreja de Nossa Senhora do Pilar, que
estava em ruínas, os restauradores descobriram um dos mais antigos conjuntos de
azulejos portugueses do país. Eles só escaparam dos vândalos porque estavam na
cúpula.
A
preservação dos monumentos nas cidades ganhou aliados especiais, moradores se
transformaram em restauradores. Sílvia era artesã: “Estou fazendo a minha parte
e tem muita coisa ainda para fazer. Vamos lá”.
O
edifício residencial Chanteclair foi a grande atração arquitetônica do século
passado no Recife. Com o tempo, veio a decadência. Agora, ele retoma a
exuberância como o prédio do Hospital Dom Pedro II, construído em 1802. Depois
de 30 anos de abandono, voltou a funcionar. Dezesseis monumentos importantes
estão sendo restaurados no Recife e em Olinda.
“A
comunidade, de um modo geral, tem que se apropriar desse bem. É um testemunho
da sua identidade e da história de nosso país e de nossa cidade”, diz o
superintende Iphan, Frederico Almeida.
Tópicos:
Professor :Walfrido Gomes.
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